Ataques a dispositivos IoT

A Internet das Coisas, mais conhecida por sua abreviação “IoT”, trata dos objetos inteligentes que estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, seja dentro de nossa casa ou trabalho. 

Esses itens, que antes eram simples, agora estão sendo inseridos ao mundo digital, permitindo que seja possível conectá-los a internet e realizar atividades pré-programadas ou a distância, como o trancamento da porta, o controle da temperatura e até mesmo a sua vigilância.  Mas, se está conectado, isso significa que pode ser rastreado e invadido.

Acontece que, por ser uma tecnologia crescente e nova no mercado, esses produtos acabam não contendo a devida proteção e apresentando um déficit de patches de segurança, que não chegam a ser oferecidos, na maioria dos casos, nem pelos fabricantes. 

Isso faz com que, mesmo sem muito esforço, câmeras e televisões inteligentes mais antigas possam ser acessadas pelos hackers, por meio de um exploit encontrado na internet, permitindo que eles realizem um ataque a dispositivos IoT.

Referências:

– https://www.kaspersky.com.br/resource-center/threats/secure-iot-devices-on-your-home-network 

– https://www.welivesecurity.com/br/2017/03/17/ataques-a-iot/ 

– https://itforum.com.br/noticias/dispositivos-iot-residenciais-sao-alvo-de-ataques/ 

– https://en.wikipedia.org/wiki/Mirai_(malware)

Os cibercriminosos estão sempre em busca de novas maneiras para conseguir lucrar ou se auto beneficiar com o uso de brechas tecnológicas. E, quando se trata dos ataques a dispositivos IoT, as possibilidades são imensas. 

Ao atacar dispositivos IoT, os hackers conseguem utilizá-los para a mineração de criptomoedas, colaborando com uma outra ação criminosa, conhecida como Cryptojacking. Além disso, os seus dispositivos podem acabar funcionando como um zumbi cibernético, depois de serem acessados pelos criadores de ataques DDoS, já que eles contam com uma base de senhas padrões, referentes a diversos dispositivos IoT.

E, quando esse acesso indevido acontece, fica fácil para os hackers controlar as suas Webcams, câmeras de segurança, babás eletrônicas e qualquer outro dispositivo ligado a rede, fornecendo todas as informações contidas neles e tendo, em alguns casos, possibilitando o acesso total às suas atividades.

Apesar de trazer inúmeros benefícios para o seu dia a dia e economizar parte do seu tempo e esforço a longo prazo, é preciso garantir que os seus dispositivos IoT estão protegidos. 

Para isso, é ideal que a pessoa siga alguns passos de segurança como, por exemplo:

• Mudar o nome e a senho do dispositivo IoT, não deixando com as configurações de fábrica;
• Usar sempre senhas seguras, dificultando o acesso dos hackers;
• Não utilizar o aparelho IoT em uma rede pública, usando apenas redes privadas ou redes privadas virtuais, quando necessário, como a VP Secure Connection;
• Crie uma rede para convidados que queiram usar o seu Wi-Fi, dessas forma eles não terão acesso a sua rede principal. E, se preferir, ligue os seus dispositivos IoT na rede de convidados, para que os hackers não tenham acesso à rede principal caso o aparelho seja invadido;
• Acompanhar a página Web do fabricante do dispositivo e estar atento para as atualizações no firmware e software do aparelho.

Os dispositivos IoT estão se tornando cada vez mais populares e já existem mais de 7 bilhões de aparelhos. Porém, ainda não existe nenhum tipo de organização global que defina os padrões de segurança nos dispositivos IoT , fazendo com que todo cuidado seja necessário ao aderir esses aparelhos em sua casa.

E, em 2016, a rede de bots da Mirai sendo responsável pela invasão de 100.000 dispositivos IoT, que acabaram sendo sequestrados digitalmente pela empresa. Tudo isso graças ao fato de que, na maioria dos casos, os proprietários não modificam os nomes e senha de fábrica, facilitando o acesso desses dispositivos!